domingo, 24 de fevereiro de 2008

Para escrever

Para escrever uma poesia é preciso
Algumas folhas de papel em branco,
Onde possa colocar minhas impurezas...
Uma caneta.
Uma mesa,
Uma cadeira.
Uma xícara de café.
A sinfonia da noite.
O barulho do dia.
E, acima de tudo, paciência,
Para esperar que a poesia bata a porta,
Brote na aorta,
Sem hora marcada, perguntando se pode entrar.
A poesia é caprichosa, precisa encontrar alguém que
Esteja sempre disposto a escutar suas histórias,
Que vão do absurdo as mais sublimes declarações de amor.
Para ouvir o que essa dama tem a dizer, deve-se ter paciência,
Porque ela sente urgência em se expressar
A todo instante, e nas mais inconvenientes horas do dia ou da madrugada;
Outro equipamento fundamental para o poeta,
É uma cama, para deitar-se quando cansar de esperar
Que a poesia venha,
E é como se ela ficasse a espreita como uma raposa velha, esperando
Que o poeta durma, que o poeta sonhe, que o poeta sorria...
Só para trazê-lo de volta para o mundo donde ele foge sempre...

Xico Fredson!

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