domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Baile

Pequena História de uma pessoa que amava, mas que não tinha as palavras certas para dizer isso quando era preciso, e vivia como no refrão de uma música que dizia assim: Na hora da canção em que eles dizem Baby, eu não soube o que dizer. Era exatamente assim que eu me sentia. A música passava, e o tempo escoava, e a oportunidade se ia, e a vida idem, até que chegou o próximo baile no mesmo salão, com a mesma banda, e por pura coincidência ou capricho do destino, isso pra quem acredita nessas coisas do Oriente, romances astrais... Confesso que não acreditava, mas depois de tudo, mudei de cético para crente. Então eu a reencontrei, convidei-a novamente para dançar, senti tudo outra vez: o mesmo frio no estômago, a mesma ansiedade no calar da voz, o mesmo tremor nas mãos que seguravam a cintura dela enquanto dançávamos. Parecia que tudo estava preparado como se o Baile nos desse uma segunda chance para que ficassemos juntos, dependeria de mim agora, dançarmos apenas aquela música, ou continuarmos a dançar outras músicas por muitos e muitos anos. E aquela hora surgiu novamente, a hora da canção em que eles dizem Baby... Continuei sem saber o que dizer, e por impulso e medo de esperar um novo baile, eu a beijei em silêncio, em silêncio perrmanecemos até o fim do baile, que ainda não acabou.................. É isso!

Xico Fredson

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