domingo, 24 de fevereiro de 2008

A menina I

Para Elândia, com carinho...
A menina, então, depois de se terem passados alguns minutos de reflexão sobre o que era a vida, chegou a mesma conclusão que todos chegam: não há como se chegar a grandes conclusões a respeito duma coisa que está em constante mudança, em movimentos de idas e vindas nada periódicos, sempre no capricho cruel de um recomeço, de uma refazenda. Ela aprendeu o que todos aprendemos, "a vida é o que fazemos dela" e que ela atende pelo nome que a dermos: alegria, ânsia, tristeza, felicidade, urgência... A menina resolveu que chamaria a expectativa de vida que acabara de nascer com aquele novo dia de "diferente", e com essa esperança levantou-se e com essa vontade viveu o dia de ontem, até amanhecer o dia de hoje...

Xico Fredson

Um comentário:

Elandia Duarte disse...

Da primeira vez que lí este texto me ví tanto nele me coube tão bem, que me emocinei e me senti um pouco vulnerável!!!
Tu tinhas conseguido por no papel tudo aquilo que minha alma por hora sentia...
E pensar que nem sabia que tinha eu tinha de alguma forma participado da construção...
lisonjiada e encantada por ter alguém que entenda um pouco das sensações peqeuns que a vida proporciona e que eu sinto tão exageradamente...
Um bjo, Seu Poeta!